NOTÍCIAS
06 DE ABRIL DE 2023
Link CNJ discute o Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero
O programa Link CNJ discute nesta quinta-feira (6/4), às 21h na TV Justiça, a adoção obrigatória das diretrizes do Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero nos ritos, encaminhamentos e exames que ocorram na tramitação de processos e sentenças dos magistrados e decisões de júri. O protocolo foi elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça e pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam).
Participam do programa Victoriana Leonora Corte Gonzaga, advogada, pesquisadora do Núcleo Gênero e Direito da FGV Direito SP e professora da Enfam; e Domitila Manssur, juíza do Tribunal de Justiça de São Paulo e diretora Nacional da AMB Mulheres – a AMB é a Associação dos Magistrados Brasileiros. Além delas, a procuradora de justiça de Goiás Ivana Farina. Ela foi conselheira do CNJ quando coordenou a elaboração do protocolo em 2021.
O documento é um guia, um manual com passo a passo, para que nos julgamentos em que as mulheres são vítimas, ou mesmo acusadas, não ocorra qualquer tipo de preconceito ou repetição de estereótipos. O protocolo funciona como uma lente que permite enxergar a discriminação de gênero em apreciações e juízos.
Obrigatoriedade
Inicialmente, o protocolo não tinha caráter compulsório. Apenas sugeria adoção de medidas alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e aos procedimentos judiciais pró-gênero de outros países.
A determinação de obrigar o uso do protocolo foi estabelecida neste mês de março durante a 3.ª Sessão Ordinária do CNJ. A resolução com essa decisão também criou o Comitê de Acompanhamento e Capacitação sobre Julgamento com Perspectiva de Gênero no Poder Judiciário.
Como reporta o Portal do CNJ, caberá ao comitê “acompanhar o cumprimento da Resolução; elaborar estudos e propor medidas concretas de aperfeiçoamento do sistema de justiça quanto às causas que envolvam direitos humanos, gênero, raça e etnia, em perspectiva interseccional. Entre as obrigações dos representantes estão: organizar fóruns permanentes de sensibilização sobre o julgamento com perspectiva de gênero nos órgãos do Poder Judiciário; solicitar cooperação judicial com tribunais e outras instituições; e participar de eventos promovidos por entes públicos ou entidades privadas sobre temas relacionados aos objetivos do comitê.”
Como diversas vezes registrado no Link CNJ, a discriminação de gênero é irmã da violência e perpetua desigualdades que prejudicam as mulheres. Vamos fazer um programa que explique o protocolo, as principais orientações e que também esclareça como será a sua adoção.
Violência contra trabalhadora
No quadro Uma História, a juíza Luciana Bezerra, do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, conta o caso de uma faxineira que foi agredida pelo zelador do prédio onde trabalhava. A juíza aplicou o Protocolo de Julgamento com Perspectiva de Gênero para elaborar a sentença do caso.
O Link CNJ é retransmitido na TV Justiça nas sextas-feiras (7h), sábados (12h), domingos (14h) e terças-feiras (7h30). O programa também vai ao ar na Rádio Justiça nas noites de quinta-feira às 21h30, em Brasília na FM 104.7 MHz e via satélite. Além disso, o programa fica disponível permanentemente no canal do CNJ no YouTube.
Agência CNJ de Notícias
The post Link CNJ discute o Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Portal CNJ
02 DE DEZEMBRO DE 2022
Inscrições abertas para 2ª edição do Prêmio da Memória do Judiciário
Já está disponível formulário on-line para inscrição na 2ª edição do Prêmio CNJ Memória do Poder...
Portal CNJ
02 DE DEZEMBRO DE 2022
CNJ Serviço: crianças de 0 a 6 anos são prioridade da Política Judiciária para Primeira Infância
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) instituiu, por meio da Resolução n. 470, publicada em setembro de 2022, a...
Portal CNJ
02 DE DEZEMBRO DE 2022
Copa do Mundo: CNJ atualiza portaria sobre atendimento ao público na segunda (5/12)
Com a classificação do time do Brasil para as oitavas de final da Copa do Mundo, o Conselho Nacional de Justiça...
Portal CNJ
01 DE DEZEMBRO DE 2022
Seminário aborda impactos da litigância predatória sobre vulneráveis e sobre a democracia
As estratégias de litigância predatória e as medidas que o Judiciário brasileiro tem adotado para enfrentar essa...
Portal CNJ
01 DE DEZEMBRO DE 2022
Tribunais apresentam boas práticas para combater litigância predatória
As milhares de ações judiciais baseadas em conflitos falsos ou artificiais que sobrecarregam o Poder Judiciário...